“Grande
é a poesia, a bondade e as danças...Mas, o melhor do mundo são as crianças!”
Fernando
Pessoa
Contação de história:
Hoje iniciamos o
projeto Folclore, e as crianças
ouviram a história contada pela professora Jani, sempre com os olhinhos
brilhando e atentos aos detalhes, interagiram, cantaram e pediram bis!
As contações são
sempre momentos únicos e especiais, pela concentração dos pequenos percebemos a
importância e o encantamento que causam. Isso nos inspira a buscar novos
contos, perpetuando uma prática tão rica e culturalmente contagiante!
Não basta contar,
tem que encantar!
O Pescador e a Sereia
Era
uma vez um pescador, seu nome era Juarez e ele era um ótimo pescador.
Ele
pescava peixe bem pequenininho, pescava peixe médio, pescava peixe grande,
pescava peixe muito grande, até peixe gigante.
Mas,
apesar disso, ele andava um pouco triste, um pouco sozinho... Sem ninguém pra
conversar, ninguém pra prosear, ninguém pra brincar, ninguém pra namorar...
Ele
então, teve uma ideia.
-
Vou pescar uma companhia, vou pescar uma sereia.
Será
que é possível pescar sereia?
Alguém
já pescou uma sereia? É muito difícil, não é?
O
povo lá da cidade também não acreditava não e estavam zombando de Juarez.
-
Juarez, meu filho, você vai passar a tarde inteirinha na beira do mar e nem uma
sereia pequenininha você vai pescar.
As
o Juarez queria muito uma companhia. Ele queria muito pescar uma sereia e não
desistiu. Ele então, se sentou ali, na beira do mar e ficou vendo as ondas do
mar. Esse mar tinha muitas ondas.
O
mar foi ficando mais calmo, mais calmo... Acalmou...
E
quando o mar acalma, todo bom pescador sabe que é hora de... pescar!!!
Ele
então jogou seu anzol no mar e ficou esperando, esperando, esperando... E nada
de aparecer nem peixe, nem sereia...
Ele
continuou esperando, esperando, esperando... Até que lá do fundo do mar veio
uma onda bem pequenininha, bem pequenininha e trouxe um peixinho,
bem pequenininho.
Ele
ficou feliz, mas ele queria pescar peixe? Ele queria pescar o quê? Ele queria
pescar uma sereia.
Ele
não desistiu... Continuou vendo as ondas do mar, até que lá do fundo do mar apareceu
um peixe médio, que mordeu o peixe pequeno, que mordeu a isca.
Ficou
feliz. Agora estava com o almoço garantido. Mas ele queria pescar
peixe? Ele queria pescar o quê? Ele queria pescar uma sereia.
Ele
não desistiu... Continuou vendo as ondas do mar, até que lá do fundo do mar
apareceu um peixe grande, que mordeu o peixe médio, que mordeu o peixe pequeno,
que mordeu a isca.
Ficou
feliz. Agora estava com o almoço e jantar garantido. Mas ele queria pescar
peixe? Ele queria pescar o quê? Ele queria pescar uma sereia.
Ah!
Mas ele não desistiu...Continuou vendo as ondas do mar, até que lá do fundo do
mar apareceu um peixe gigante, que mordeu o peixe grande, que mordeu o peixe
médio, que mordeu o peixe pequeno, que mordeu a isca. Olha que peixão.
Ficou
muito contente. Agora tinha peixe pra semana inteira... Mas ele queria pescar
peixe? Ele queria pescar o quê? Ele queria pescar uma sereia. Mas ele não
percebeu que nas costas do peixe gigante havia uma sereia pegando sol .
Ela
cantava uma música mais ou menos assim:
“Eu
morava no mar... Sereia
Me
mudei para o sertão... Sereia
Aprendi
a namorar... Sereia
Com
um aperto de mão a sereiar...”
Juarez,
ouviu aquele canto e ficou encantado. Ficou completamente... Apeixonado... Que
é uma mistura de peixe com apaixonado...
Ele
levou a sereia lá pra vila e com ela foi se casar. No dia do casamento todos os
peixinhos, peixinhas e peixões e peixonas foram convidados e cantaram a música
que a sereia ensinou.
“Eu
morava no mar... Sereia
Me
mudei para o sertão... Sereia
Aprendi
a namorar... Sereia
Com
um aperto de mão a sereiar...”
Juarez
e a sereia mergulharam lá no fundo do mar, por isso, a próxima vez que vocês
forem pra praia, deem um tchauzinho assim de longe pro mar. Quem sabe, o Juarez
e a sereia estão lá no fundo do mar a cantar...
“Eu
morava no mar... Sereia
Me
mudei para o sertão... Sereia
Aprendi
a namorar... Sereia
Com
um aperto de mão a sereiar...”
Entrou por uma porta e saiu pela outra, quem quiser que conte outra...