“Para nós indígenas,
a palavra é de grande valor. É através das histórias contadas pelos mais velhos
que mantemos viva a nossa identidade e firme a memória da nossa história, o uso
e o cuidado com a nossa terra sagrada...”
(Carta do Ororubá; IV Assembléia Geral do povo Xukuru do Ororubá)
Aproveitando as comemorações do
Agosto indígena pela cidade, não poderíamos deixar de registrar algumas das
vivências oportunizadas aos pequenos do MG II A,
procuramos com frequência inserir a cultura indígena em nosso currículo já que faz farte da nossa
herança cultural.
Brincadeiras, histórias,
lendas, alimentação e muito mais, quantos “presentes” dados por esses povos tão
sábios que tanto tem a nos ensinar!
Linguagem
verbal (oral) A
literatura abre portas para o universo do conhecimento. É na infância que
começa a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e
significativa.
·
Desenvolvimento da oralidade e do
comportamento espectador
Contação:
A Lenda do
Guaraná
Um casal
de índios pertencente a tribo Maués, vivia junto por muitos anos sem ter filhos
mas desejava muito ser pais. Um dia eles pediram a Tupã para dar a eles uma
criança para completar aquela felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o
casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo trazendo a eles um lindo
menino.
O tempo
passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom. No entanto, Jurupari,
o deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do menino e da paz e felicidade
que ele transmitia, e decidiu ceifar aquela vida em flor.
Um dia, o
menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou
da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente
venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente.
A triste
notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram e fortes
relâmpagos caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os
trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria plantar
os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos
frutos.
Os índios
obedeceram aos pedidos da mãe e plantaram os olhos do menino. Neste lugar
cresceu o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma com um arilo em seu
redor, imitando os olhos humanos.
Corpo e movimento/Brinquedos e brincadeiras
indígenas
·
Conhecer
e valorizar as brincadeiras de origem indígena.
·
Compreender
e respeitar as regras das brincadeiras.
·
Ler e
interpretar textos e imagens.
·
Associar
o sol e a lua ao dia e a noite
SOL E LUA - üacü
rü tawemüc’ü
Essa brincadeira também é conhecida em outras localidades
com outros nomes como PASSARÁ DE BOMBARÉ. Crianças dispostas em coluna um
segurando na cintura do que está à frente. Duas outras crianças, representando
o SOL E A LUA, fazem uma "ponte", mantendo as mãos dadas acima, as
crianças passam sob a ponte várias vezes. Numa das vezes o Sol e a Lua prendem
o último ou os dois últimos. Perguntam-lhe para que lado querem ir. A criança
escolhe e vai colocar-se atrás do Sol ou da Lua. E assim continuam até
terminar. É dada à criança a opção de escolha do partido ao qual quer pertencer.
Além disso é também trabalhada a noção de equipe e de conjunto.
Arte
Confecção da “casa do índio”
(assim chamada pelas crianças)
Recorte e colagem
Natureza e
cultura
Mandioca (simulação da colheita)
"Queremos que a floresta permaneça silenciosa, que o céu
continue claro, que a escuridão da noite caia realmente e que se possam ver as
estrelas... ”
·
(frase de líderes do povo Kaingang
registradas em 1995 por Lúcia Kaingang)
(frases) ekoaguarani.blogspot.com.br/2012/06/se-voce-fala-com-os-animais-eles.html