quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Brinquedos de chão MG I B professora Valéria


“Por viver muitos anos dentro do mato.
Moda ave.
O menino pegou um olhar de pássaro,
contraiu visão fontana.
Por forma que ele enxergava as coisas
Por igual como os pássaros enxergam.”
Manoel de Barros


Não há como falar de criança e natureza, sem pensar em poesia...a pureza...a leveza...a beleza. 

Quando a criança descobre o meio natural como algo de que faz parte, ela modifica o olhar.

 Passa a enxergar com interesse e sensibilidade as possibilidades...
 Aprende a respeitar, proteger e transformar... esse olhar “diferente” permite a visão grandiosa do que é ofertado, como descrito por Manoel de Barros, ela adquiriu “visão fontana”, não é uma visão que constata algo ou objeto; ela é uma visão “que  enxerga  antes” o sentido e a beleza das coisas. 

E o que pode ser mais natural para criança, do que brincar? Brincando, ela experimenta o mundo, transforma as folhas em enfeites, os galhos em brinquedos e principalmente se reconhece como um ser natural!

















“Tudo que não invento é falso...”

Manoel de Barros

Brincando com a história: Chapéuzinho Vermelho e o lobo (que não é mal)! MGIB professora Valéria

   
“Uns acreditam que o critério mais importante
 é o de resultados, para nós, são os processos, principalmente o da escuta. Isso tem mais valor”
Deanna Margini
(Reggio Emilia)

As histórias mais que alimentar a imaginação das crianças, são uma das formas delas conhecerem, criarem e recriarem o mundo.
 Ao observarmos as brincadeiras simbólicas vemos reproduzirem e criarem várias histórias, então oportunizar materiais que possam acrescentar à brincadeira a “realidade” que desejam é favorecer o processo de criação, tecidos, acessórios, materiais não estruturados, brinquedos... e logo vemos surgir ricas representações que são, nada mais que a forma pela qual as crianças “experimentam” o mundo.
Se uma criança com um tecido decide ser a Chapéuzinho, logo alguma outra se aproxima e diz: “ Eu sou o lobo!”, um olhar mais atento da professora e a interferência na hora certa, possibilitam o “enriquecer do brincar” e o que era algo “simples” se torna brilhante quanto ao aprendizado, jogos dramáticos, encenações teatrais, um encontro de possibilidades e aí... o lobo não é mal, quem espera a Chapéuzinho é o vovô e existe mais que um caçador, foi assim que decidiram, criaram e descobriram...





“A arte é um resumo da natureza
 feito pela imaginação. ”

Eça de Queirós

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Hoje “a aula” será lá fora... MG II B professora Juliana


“Um passarinho pediu a meu irmão
para ser sua árvore.
Meu irmão aceitou de ser
a árvore daquele passarinho.
No estágio de ser essa árvore,
meu irmão aprendeu de sol,
de céu e de lua,
 mais do que na escola... ”
Manoel de Barros

Não basta levar as crianças para as áreas externas onde a natureza tenha apenas, função decorativa. 

É necessário propiciar vivências que permitam um contato direto, para que desenvolvam uma relação onde aprenderão a respeitar e conviver com os elementos naturais. Para que haja, a apropriação da responsabilidade da preservação, como respeitar algo que não conheço? Essa aproximação física estabelece o vínculo (por que não dizer, “afetivo”).

E essa relação de carinho e respeito é uma das finalidades da professora Juliana do MG IIB, que busca envolver os pequenos em vivências transformadoras, como na sequência de  sensíveis experiências: 
a apresentação do poema A árvore de Paulo Leminsky, brincar de árvore, desenho sob diferentes perspectivas, apreciação de algumas ilustrações de obras de arte sobre a temática, jogos da memória e por último um “exercício” no bosque, para se conectarem com as árvores de lá, valia carinho, abraço, aconchego... e respeito!





















“Amo aqueles que plantam árvores mesmo sabendo que nunca se sentarão em sua sombra.
Plantam árvores para dar sombras e frutos para aqueles que ainda não nasceram. ”