“ Tudo que eu não invento é falso! ”
Manoel De Barros
Dia desses, durante mais um
dos diálogos corriqueiros com o grupo, enquanto preparava sua receita de
comidinha, Laura pergunta:
“Prô, a gente pode fazer slime de novo? ”
Em referência a uma das
vivências oportunizadas no semestre anterior, a professora responde que sim, que
pesquisaria novas receitas. Os dias passam e em outro momento, Ana Clara ao
chegar na sala e observar sobre a mesa da professora alguns “ingredientes”
diferentes, grita:
“A
gente vai fazer slime! ”
Como você sabe? Questiona a
professora e ela responde:
“Você trouxe corante! ”
Balançando a embalagem em suas
mãos, a professora elogia sua memória, afinal, usaram o produto a tanto tempo,
ela sai feliz cantarolando pela sala:
“Vamos fazer slime, vamos fazer slime! ” (rsrsrs)
“É
importante lembrar que, ao promover oportunidades de interações e brincadeiras,
a(o) professora(or) realiza um trabalho pedagógico que é fundamental para o desenvolvimento
integral das crianças. Com as brincadeiras, as crianças exercitam e formam uma
percepção cada vez mais aguçada das coisas (formas, cores, tamanhos, texturas,
volume, peso, etc.), vão formando uma memória, descobrem possibilidades de exploração
dos objetos, encontram soluções para problemas que aparecem na brincadeira, vão
formando uma imagem de si. ”
Currículo da Cidade - Educação Infantil pág.90
Buscando experiências
relacionadas ao projeto Mandalas, suas formas e
cores, em desenvolvimento atualmente com o grupo, a professora buscou
elementos que dialogassem com a proposta, eis que surge a oportunidade para uma
Oficina de exploração sensorial, escolhendo alguns materiais: “bolinhas
coloridas,” (relacionadas a forma circular das mandalas )sementes, creme
hidratante...Texturas e tamanhos variados. Água
e corantes, claro, não podiam faltar e assim surgiram as Melecas Divertidas (nome dado pelo Ivan enquanto brincava)
Chia
Linhaça
Bolinhas de hidrogel
Creme hidratante
Além do diálogo sobre os elementos
e algumas das suas “funcionalidades”, as crianças participaram do preparo das “melecas”
e aguardaram ansiosas o resultado das misturas.
O espaço foi preparado com
objetos inusitados, para aflorar ainda mais a imaginação.
Tocar, sentir, apertar,
misturar, descobrir e transformar, mas as crianças chamaram tudo isso de BRINCAR!
“
Nesses espaços, contemplamos o direito de se expressar, proposto também na Base
Nacional Comum Curricular - BNCC (BRASIL, 2017), quando afirma que as crianças
e os bebês são criativos e sensíveis, expressam-se com diferentes linguagens,
sensações corporais, necessidades, opiniões, sentimentos e desejos, narrativas,
registros de conhecimentos elaborados a partir de diferentes experiências,
envolvendo tanto a produção de linguagens quanto a fruição das artes em todas
as suas manifestações. “
Currículo da Cidade - Educação Infantil pág. 137
“Quando o mundo abandonar o meu olho. Quando o meu olho
furado de beleza for esquecido pelo mundo. Que hei de fazer. “
Manoel Barros
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