"Ao ouvir
uma história, as crianças vivenciam, no plano
psicológico as ações, os problemas, os conflitos dessa história. Essa vivência,
por empréstimo, a experimentação de modelos de ações e soluções apresentadas na
história fazem aumentar consideravelmente o repertório de conhecimento da criança, sobre si e sobre o mundo. E tudo
isso ajuda a formar a personalidade! Ao fazer contato com a obra de arte, no
caso, a literatura, a criança participa de uma ação pedagógica, mesmo que não
seja essa a função da narração oral ou do texto literário. A sujeição à experiência
artística educa, em sentido amplo. No mínimo educa para a escuta coletiva, para
as regras de convivência social, para a
percepção da igualdade ou da diferença, para os mecanismos da comunicação linguística,
para o reconhecimento e uso da emoção, para a diversidade estética, para a constatação
dos usos do tempo e do espaço. Na medida em que se familiarizam com a arte (a arte da
palavra, a arte do contar - no caso mais específico, a literatura), as crianças
vão percebendo os elementos estéticos
– os elementos que fazem daquele “objeto” um objeto de arte. Elas também vão,
desde cedo, criando critérios de valoração (mesmo que de forma simples), de
comparação, de classificação, de fruição (o prazer de ouvir; o prazer de ter
contato com uma história bonita e bem contada). Contar ,oralmente uma história
está relacionado ao reunir, ao criar intimidade, ao ato de entrega coletiva. É
um ato agregador de pessoas; é o exercício do encontro - consigo, com os
outros, com o universo imaginário, com a realidade, por extensão!"
Celso Sisto é escritor, ilustrador, contador de histórias do grupo Morandubetá
(RJ), ator, arte-educador,especialista em literatura infantil e juvenil, pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestre em Literatura Brasileira
pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e responsável pela formação
de inúmeros grupos de contadores de histórias espalhados pelo Brasil. Tem 30
livros publicados para crianças e jovens e recebeu os prêmios de autor
revelação do ano de 1994 (com o livro Ver-de-vermeu-pai, Editora Nova
Fronteira) e ilustrador revelação do ano de 1999 (com o livro Francisco
GabirobaTabajara Tupã, da editora EDC); ambos concedidos pela Fundação Nacional
do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Vários dos seus livros também receberam o
selo Altamente recomendável, desta mesma Fundação.
Contando e encantando
As crianças dos MG I A B e C foram presenteadas pela contação de história da Branca de Neve e os sete anões, feita pela professora Adriana no período da manhã. Momentos de contação de histórias são sempre mágicos e levam as crianças a uma divertida viagem sem que saiam do lugar!
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