“... É quando nos damos conta
de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de
destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós.
É chegado então o tempo de
recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das
quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe.
Isso é amor...”
Quando os filhos voam-Por
Rubem Alves
Processo
de acolhimento e adaptação
“A
adaptação pode ser entendida como o esforço que a criança realiza para ficar e
bem, no espaço coletivo, povoado de pessoas grandes e pequenas desconhecidas.
Onde as relações, regras e limites são diferentes daqueles do espaço doméstico
a que ela está acostumada. Há de fato um grande esforço por parte da criança
que chega e que está conhecendo o ambiente da instituição, mas ao contrário do
que o termo sugere não depende exclusivamente dela adaptar-se ou não à nova
situação. Depende também da forma como é acolhida”
(ORTIZ, Revista Avisa Lá).
Promover a integração da criança
ao ambiente é o principal objetivo desse primeiro momento, adaptar-se, vai além
de um período é um processo que envolve acolhimento, carinho, paciência e
dedicação.
É um trabalho coletivo entre a
família e a escola, família essa que faz parte do processo, também estará se
“adequando” a nova rotina.
São muitas mudanças e informações para criança,
precisamos ter um olhar sensível para esse momento, mesmo as crianças que já
conhecem a rotina merecem uma atenção especial, foram muitos dias afastadas do ambiente escolar
o que acaba por deixá-las inseguras também, novas turmas, novas professoras,
novos momentos!
“Falamos em adaptação sempre que
enfrentamos uma situação nova, ou readaptação, quando entramos novamente em
contato com algo já conhecido, mas por algum tempo distante do nosso convívio
diário. O processo de adaptação inicia com o nascimento, nos acompanha no
decorrer de toda a vida e ressurge a cada nova situação que vivenciamos. Sair
de um espaço conhecido e seguro, dar um passo à frente e arriscar-se, tendo
como companhia o desconhecido para o qual precisamos olhar, perceber, sentir,
avaliar, nos leva às mais diferentes reações: permanecer no espaço seguro e
protegido, seguir adiante ou desistir e voltar atrás”
(DIESEL, 2003)
Segurança é a palavra-chave, a
criança deve reconhecer no ambiente escolar um lugar seguro e acolhedor, a
escola deve buscar vivências que facilitem o envolvimento da criança, sem
deixar de ambientá-la a rotina a qual fará parte.
Estabelecendo uma
relação de confiança com as famílias, deixando claro que o objetivo é a
parceria de cuidados e educação.
E com esse pensamento, nossos
primeiros dias foram especiais, buscamos favorecer ao máximo o envolvimento de
todos!
“Buscamos, no
outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta; não a solidez do
músculo, mas o colo que acolhe. ”
Rubem Alves
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