sexta-feira, 3 de março de 2017

Não basta contar, tem que encantar! Contação com fantoches de palitos –A galinha ruiva –B II AB Professoras Claudia e Luci


“Se quiser falar ao coração dos homens, há que se contar uma história. Dessas onde não faltem animais ...e muita fantasia. Porque é assim, suave e docemente que se despertam consciências. ”

Jean de La Fontaine



Os contos ensinam valores importantes para as crianças, envolvê-los desde cedo em momentos de contação amplia as possibilidades de expressão, criação e a oralidade.
 Lembrando que a lógica infantil é diferente da lógica do adulto, sendo o teatro de fantoches real para a criança, dentro da realidade do jogo lúdico e do jogo da vida, no grupo social em que está inserida.
A criança ao ouvir os mais diversos sons demonstra mais interesse e atenção aos que falam, isso faz com que ela perceba melhor a entonação, a musicalidade de uma canção e o seu ritmo, sendo essencial  na educação da escuta(audição/sensorial), além de encantar!


A galinha ruiva
Era uma vez uma galinha ruiva chamada Marcelina que vivia rodeada de muitos animais. Era uma granja muito grande no meio do campo. No estábulo viviam as vacas e os cavalos; os porquinhos tinham o seu próprio chiqueiro. Havia até um tanque com patos e um cercado com muitas galinhas. Havia na granja também uma família grande que cuidava dos animais, entre eles um gato e um cachorro. Um dia a galinha ruiva, escavando a terra encontrou um grão de trigo. 
Pensou que se plantasse o grão de trigo, depois poderia fazer pão para ela e todos os seus amigos. 
- Quem vai me ajudar a semear o trigo? Perguntou a galinha. 
- Eu não, disse o pato. 
- Eu não, disse o gato. 
- Eu não, disse o cachorro. 
- Muito bem, pois eu plantarei sozinha, disse a galinha.
E assim, Marcelina semeou o seu grão de trigo, sozinha, com muito cuidado. Abriu um buraco na terra e o tapou. Passado algum tempo o trigo cresceu e amadureceu se tornando uma bonita planta. 
- Quem vai me ajudar a colher o trigo? Perguntou a galinha ruiva. 
- Eu não, disse o pato. 
- Eu não, disse o gato. 
- Eu não, disse o cachorro. 
- Muito bem, se não querem me ajudar, eu colherei sozinha mesmo, exclamou Marcelina.
E a galinha, com muito esforço colheu sozinha, o trigo. Teve que cortar com o seu pequeno bico um a um dos talos. Quando acabou, muito cansada perguntou aos seus companheiros: 
- Quem vai me ajudar a debulhar o trigo? 
- Eu não, disse o pato. 
- Eu não, disse o gato. 
- Eu não, disse o cachorro. 
- Muito bem, eu debulharei sozinha.
Estava muito chateada com os outros animais, assim que se pôs sozinha a debulhar o trigo. Triturou com paciência até que conseguiu separar o grão da palha. Quando acabou, voltou a perguntar: 
- Quem vai me ajudar a levar o trigo para o moinho para convertê-lo em farinha?
- Eu não, disse o pato. 
- Eu não, disse o gato. 
- Eu não, disse o cachorro. 
- Muito bem, eu levarei e amassarei sozinha mesmo, respondeu Marcelina.
E como a farinha fez uma deliciosa e macia barra de pão. Após cozinhar o pão, muito tranquilamente perguntou: 
- E agora, quem vai querer comer pão? Voltou a perguntar a galinha ruiva. 
- Eu, eu! Disse o pato. 
- Eu, eu! Disse o gato. 
- Eu, eu! Disse o cachorro. 
- Pois bem, nenhum de vocês vai comer! Disse Marcelina. Comerei eu e os meus filhos, pois não quiseram me ajudar a semear, colher, debulhar, nem amassar o trigo. 
E assim o fez. Chamou seus pintinhos e compartilhou o pão com eles. 
FIM
“Educar é... contar histórias.
Contar histórias é transformar a vida na
brincadeira mais séria da sociedade. “


Augusto Cury

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