“Se quiser falar ao coração dos homens, há que se contar uma
história. Dessas onde não faltem animais ...e muita fantasia. Porque é assim,
suave e docemente que se despertam consciências. ”
Jean de La Fontaine
Os contos ensinam valores
importantes para as crianças, envolvê-los desde cedo em momentos de contação amplia
as possibilidades de expressão, criação e a oralidade.
Lembrando que a lógica
infantil é diferente da lógica do adulto, sendo o teatro de fantoches real para
a criança, dentro da realidade do jogo lúdico e do jogo da vida, no grupo
social em que está inserida.
A criança ao ouvir os mais
diversos sons demonstra mais interesse e atenção aos que falam, isso faz com
que ela perceba melhor a entonação, a musicalidade de uma canção e o seu ritmo,
sendo essencial na educação da escuta(audição/sensorial),
além de encantar!
A galinha ruiva
Era uma vez uma galinha ruiva
chamada Marcelina que vivia rodeada de muitos animais. Era uma granja muito
grande no meio do campo. No estábulo viviam as vacas e os cavalos; os
porquinhos tinham o seu próprio chiqueiro. Havia até um tanque com patos e um
cercado com muitas galinhas. Havia na granja também uma família grande que
cuidava dos animais, entre eles um gato e um cachorro. Um dia a galinha ruiva,
escavando a terra encontrou um grão de trigo.
Pensou que se plantasse o grão de
trigo, depois poderia fazer pão para ela e todos os seus amigos.
- Quem vai me ajudar a semear o
trigo? Perguntou a galinha.
- Eu não, disse o pato.
- Eu não, disse o gato.
- Eu não, disse o cachorro.
- Muito bem, pois eu plantarei
sozinha, disse a galinha.
E assim, Marcelina semeou o seu
grão de trigo, sozinha, com muito cuidado. Abriu um buraco na terra e o tapou.
Passado algum tempo o trigo cresceu e amadureceu se tornando uma bonita
planta.
- Quem vai me ajudar a colher o
trigo? Perguntou a galinha ruiva.
- Eu não, disse o pato.
- Eu não, disse o gato.
- Eu não, disse o cachorro.
- Muito bem, se não querem me
ajudar, eu colherei sozinha mesmo, exclamou Marcelina.
E a galinha, com muito esforço
colheu sozinha, o trigo. Teve que cortar com o seu pequeno bico um a um dos
talos. Quando acabou, muito cansada perguntou aos seus companheiros:
- Quem vai me ajudar a debulhar o
trigo?
- Eu não, disse o pato.
- Eu não, disse o gato.
- Eu não, disse o cachorro.
- Muito bem, eu debulharei
sozinha.
Estava muito chateada com os
outros animais, assim que se pôs sozinha a debulhar o trigo. Triturou com
paciência até que conseguiu separar o grão da palha. Quando acabou, voltou a
perguntar:
- Quem vai me ajudar a levar o
trigo para o moinho para convertê-lo em farinha?
- Eu não, disse o pato.
- Eu não, disse o gato.
- Eu não, disse o cachorro.
- Muito bem, eu levarei e
amassarei sozinha mesmo, respondeu Marcelina.
E como a farinha fez uma
deliciosa e macia barra de pão. Após cozinhar o pão, muito tranquilamente perguntou:
- E agora, quem vai querer comer
pão? Voltou a perguntar a galinha ruiva.
- Eu, eu! Disse o pato.
- Eu, eu! Disse o gato.
- Eu, eu! Disse o cachorro.
- Pois bem, nenhum de vocês vai
comer! Disse Marcelina. Comerei eu e os meus filhos, pois não quiseram me
ajudar a semear, colher, debulhar, nem amassar o trigo.
E assim o fez. Chamou seus
pintinhos e compartilhou o pão com eles.
FIM
“Educar é... contar histórias.
Contar histórias é transformar a vida na
brincadeira mais séria da sociedade. “
Contar histórias é transformar a vida na
brincadeira mais séria da sociedade. “
Augusto Cury
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