quinta-feira, 7 de abril de 2016

Contação A lenda da Mandioca

Que magia é essa que encanta?
Que magia é essa que prende a atenção e captura os olhares?
Que magia é essa que instiga a curiosidade e amplia a vontade de ouvir mais e mais?
Que magia é essa, que história é essa, que contagia...
Que, inspira e fascina?
É o dom de contar, a arte de ouvir, a magia de encantar!

E entrou por uma porta...e saiu pela outra,



Planta muito utilizada pelos índios e por outros povos, a mandioca também tem uma lenda que explica seu aparecimento.

A lenda da Mandioca
Conta-se que uma índia teve uma linda filhinha chamada Mani. A menina era muito bonita e de pele bem clara. Era amada por todos. Após um ano de vida, a pequena ficou doente. Mani parecia esconder um mistério, era uma menina muito diferente do restante das crianças, vivia sorrindo e transmitindo alegria para as pessoas da tribo. Uma bela manhã, a criança não conseguiu se levantar da rede. Toda a tribo ficou alvoroçada. A notícia chegou aos ouvidos do pajé, e este foi até a oca da família de Mani e deu ervas e bebidas à menina. Foi feito de tudo para salvá-la. Mesmo assim, nem as rezas do pajé, nem os segredos da mata virgem, nem as águas profundas e muito menos a banha de animais raros puderam evitar a morte de Mani. A menina morreu com um longo sorriso no rosto. Os pais resolveram enterrá-la na própria oca onde moravam, pois isso era costume dos índios tupis. Regaram sua cova com água, mas também com muitas lágrimas devido à saudade.

No local em que ela foi enterrada, nasceu uma bonita planta. Era escura por fora e branquinha por dentro, lembrando a cor da falecida Mani. A mãe chamou o arbusto de maniva, em homenagem à filha. Os índios passaram a utilizar a tal planta para fabricar farinha e cauim, uma bebida de gosto forte. A planta ficou conhecida então como mandioca, mistura de Mani e oca (casa de índio). Por ser tão útil, tornou-se  um símbolo de alegria e abundância para os índios – das folhas às raízes.



A contação de histórias é atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real.                                                               (RODRIGUES, 2005, p. 4)




“As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos”                                                             Rubem Alves




    quem quiser que conte outra!!!


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