domingo, 3 de setembro de 2017

A rica influência cultural indígena MG II A Professoras Jani e Cleide



“Para nós indígenas, a palavra é de grande valor. É através das histórias contadas pelos mais velhos que mantemos viva a nossa identidade e firme a memória da nossa história, o uso e o cuidado com a nossa terra sagrada...”

(Carta do Ororubá; IV Assembléia Geral do povo Xukuru do Ororubá)


Aproveitando as comemorações do Agosto indígena pela cidade, não poderíamos deixar de registrar algumas das vivências oportunizadas aos pequenos do MG II A, procuramos com frequência  inserir a  cultura indígena  em nosso currículo já que faz farte da nossa herança cultural.
Brincadeiras, histórias, lendas, alimentação e muito mais, quantos “presentes” dados por esses povos tão sábios que tanto tem a nos ensinar!
Linguagem verbal (oral) A literatura abre portas para o universo do conhecimento. É na infância que começa a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa.
·        Desenvolvimento da oralidade e do comportamento espectador
Contação:
A Lenda do Guaraná
Um casal de índios pertencente a tribo Maués, vivia junto por muitos anos sem ter filhos mas desejava muito ser pais. Um dia eles pediram a Tupã para dar a eles uma criança para completar aquela felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo trazendo a eles um lindo menino.
O tempo passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom. No entanto, Jurupari, o deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do menino e da paz e felicidade que ele transmitia, e decidiu ceifar aquela vida em flor.
Um dia, o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente.
A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram e fortes relâmpagos caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos.
Os índios obedeceram aos pedidos da mãe e plantaram os olhos do menino. Neste lugar cresceu o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma com um arilo em seu redor, imitando os olhos humanos.










Corpo e movimento/Brinquedos e brincadeiras indígenas 
·        Conhecer e valorizar as brincadeiras de origem indígena.
·        Compreender e respeitar as regras das brincadeiras.
·        Ler e interpretar textos e imagens.
·        Associar o sol e a lua ao dia e a noite

 SOL E LUA - üacü rü tawemüc’ü
Essa brincadeira também é conhecida em outras localidades com outros nomes como PASSARÁ DE BOMBARÉ. Crianças dispostas em coluna um segurando na cintura do que está à frente. Duas outras crianças, representando o SOL E A LUA, fazem uma "ponte", mantendo as mãos dadas acima, as crianças passam sob a ponte várias vezes. Numa das vezes o Sol e a Lua prendem o último ou os dois últimos. Perguntam-lhe para que lado querem ir. A criança escolhe e vai colocar-se atrás do Sol ou da Lua. E assim continuam até terminar. É dada à criança a opção de escolha do partido ao qual quer pertencer. Além disso é também trabalhada a noção de equipe e de conjunto.








Arte
Confecção da “casa do índio” (assim chamada pelas crianças)
Recorte e colagem













Natureza e cultura
Mandioca (simulação da colheita)





"Queremos que a floresta permaneça silenciosa, que o céu continue claro, que a escuridão da noite caia realmente e que se possam ver as estrelas... ”
·                      
(frase de líderes do povo Kaingang registradas em 1995 por Lúcia Kaingang



(frases) ekoaguarani.blogspot.com.br/2012/06/se-voce-fala-com-os-animais-eles.html

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