domingo, 24 de setembro de 2017

Marcas da infância. MG II A professora Jani


“ é no brincar, e somente no brincar que o indivíduo, criança ou o adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu”.
(Winnicott ,1975 p. 12)

Um pouco de água, terra e muita diversão...
Em dias ensolarados brincadeiras com água são as preferidas e em uma dessas manhãs, a turma do MG II A da professora Jani, teve um desses momentos únicos que mesclam aprendizagem e diversão.
O barro, ou a terra argilosa e molhada, é um dos quatro elementos naturais desafiadores e magnéticos para as crianças.
 A cor, a temperatura e a textura combina com a natureza orgânica das crianças.
Potes, um pouquinho de água, terra e pronto um mundo de descobertas!
“Olha Jani, é macio! ” (diz a Gabrielly)
“É molhado! ”  (Miguel)
“Que meleca! ” (Ana Clara Rosa)
“Fiz um bolo, pra você! ” ( Heloísa)

Entre outras observações, pular na poça, sentir a textura com os pés, com a mãos, passar pelo corpo...observar as transformações.
É brincadeira? Talvez!
É aprendizado? Com certeza!

 Brincadeiras ao ar livre estimulam:

  • A atividade física – ter espaços abertos para correr torna as crianças mais ativas e elas passam a ter mais energia para realizar qualquer tarefa;
  • O aprendizado – quanto mais a criança se move nos primeiros anos de vida (dos 0 aos 6), maior é o estímulo cerebral. Isso ocorre especialmente no cerebelo, região responsável pela organização espacial e equilíbrio. O desempenho em sala de aula também melhora: há uma relação positiva entre os exercícios físicos e brincadeiras coletivas com o rendimento intelectual;
  • A criatividade – levar as crianças para o pátio sem brinquedos pré-fabricados permite que elas inventem as próprias brincadeiras e coloquem a imaginação para funcionar. Por estarem em um ambiente em que nem tudo é controlado, elas aprendem a lidar com imprevistos e elaborar soluções;
  • A autonomia – crianças que brincam ao ar livre com maior frequência costumam ser mais independentes. Mas, atenção: para isso, é preciso que os adultos se afastem e permitam espaço para que elas mesmas tentem resolver seus problemas;
  • A coletividade (ou as relações sociais). Desenvolva atividades em grupo, que ensinam os pequenos a criar laços entre si, lidar com discordâncias e comportamentos alheios. Se possível, permita que turmas de idades diferentes passem tempo juntas; dessa forma, elas aprenderão mais umas com as outras;
  • A saúde – a princípio, brincar do lado de fora faz com que as crianças desenvolvam anticorpos e se tornem mais resistentes a doenças. A luz do sol também é necessária para o crescimento saudável. Contudo, outro ponto positivo é que elas passem a conhecer seus corpos e saibam quando estão bem (ao arranhar um joelho, por exemplo), ou quando de fato precisam de ajuda (quando sofrem um ferimento mais sério).
  • O contato com a natureza – esses são os momentos em que elas podem interagir com o espaço natural. É brincando ao ar livre que as crianças vão reconhecer diferentes texturas (areia, barro, água, grama), experimentar e identificar horas do dia (manhã, tarde ou noite) por causa da luz, encontrar cheiros e sensações desconhecidas.



Não confunda “sujeira” com marcas da infância!

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