“ é no brincar, e somente no brincar que o indivíduo, criança ou o
adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente
sendo criativo que o indivíduo descobre o eu”.
(Winnicott ,1975 p. 12)
Um pouco de água, terra e muita diversão...
Em dias ensolarados brincadeiras com água são as preferidas e em uma
dessas manhãs, a turma do MG II A da professora Jani, teve um desses momentos
únicos que mesclam aprendizagem e diversão.
O barro, ou a terra argilosa e molhada, é um dos quatro elementos
naturais desafiadores e magnéticos para as crianças.
 A cor, a temperatura e a textura
combina com a natureza orgânica das crianças.
Potes, um pouquinho de água, terra e pronto um mundo de descobertas!
“Olha Jani, é macio! ” (diz a Gabrielly)
“É molhado! ”  (Miguel)
“Que meleca! ” (Ana Clara Rosa)
“Fiz um bolo, pra você! ” ( Heloísa)
Entre outras observações, pular na poça, sentir a textura com os pés,
com a mãos, passar pelo corpo...observar as transformações.
É brincadeira? Talvez!
É aprendizado? Com certeza!
 Brincadeiras ao ar livre estimulam:
- A atividade física – ter
     espaços abertos para correr torna as crianças mais ativas e elas passam a
     ter mais energia para realizar qualquer tarefa;
- O aprendizado – quanto
     mais a criança se move nos primeiros anos de vida (dos 0 aos 6), maior é o
     estímulo cerebral. Isso ocorre especialmente no cerebelo, região
     responsável pela organização espacial e equilíbrio. O desempenho em sala
     de aula também melhora: há uma relação positiva entre os exercícios
     físicos e brincadeiras coletivas com o rendimento intelectual;
- A criatividade – levar as
     crianças para o pátio sem brinquedos pré-fabricados permite que elas
     inventem as próprias brincadeiras e coloquem a imaginação para funcionar.
     Por estarem em um ambiente em que nem tudo é controlado, elas aprendem a
     lidar com imprevistos e elaborar soluções;
- A autonomia – crianças
     que brincam ao ar livre com maior frequência costumam ser mais
     independentes. Mas, atenção: para isso, é preciso que os adultos se
     afastem e permitam espaço para que elas mesmas tentem resolver seus
     problemas;
- A coletividade (ou as
     relações sociais). Desenvolva atividades em grupo, que ensinam os pequenos
     a criar laços entre si, lidar com discordâncias e comportamentos alheios.
     Se possível, permita que turmas de idades diferentes passem tempo juntas;
     dessa forma, elas aprenderão mais umas com as outras;
- A saúde – a princípio,
     brincar do lado de fora faz com que as crianças desenvolvam anticorpos e
     se tornem mais resistentes a doenças. A luz do sol também é necessária
     para o crescimento saudável. Contudo, outro ponto positivo é que elas
     passem a conhecer seus corpos e saibam quando estão bem (ao arranhar um
     joelho, por exemplo), ou quando de fato precisam de ajuda (quando sofrem
     um ferimento mais sério).
- O contato com a natureza – esses são os momentos em que elas podem interagir com o espaço natural. É brincando ao ar livre que as crianças vão reconhecer diferentes texturas (areia, barro, água, grama), experimentar e identificar horas do dia (manhã, tarde ou noite) por causa da luz, encontrar cheiros e sensações desconhecidas.
Não confunda “sujeira” com marcas da infância!








 
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